domingo, 21 de dezembro de 2008

Feliz Natal, com Toninho Horta e Tom Lellis

'JINGLE BELLS', com Toninho Horta e Oscar Castro-Neves, gravação do CD 'A Brasilian Christmas', de 1996, by Astor Place Recordings
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'Have Yourself a Merry Little Christmas', com Tom Lellis



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My new friend Tom Lellis has sent me this nice and charming video of himself singing 'Have Yourself a Merry Little Christmas', and, I liked it so much that I want to share it with all my friends!
Merry Christmas!
Maria Valéria

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Meu mais novo amigo Tom Lellis enviou-me este simpático e charmoso video com ele cantando 'Have Yourself a Merry Little Christmas', e, eu gostei tanto que quero partilhá-lo com todos os meus amigos!
Feliz Natal!
Maria Valéria
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Have Yourself A Merry Little Christmas!
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The heart warming Christmas song 'Have Yourself A Merry Little Christmas' was immortalised by Judy Garland when she sang this song to Margaret O'Brien and brought tears to the eyes of the audience. The lyricist for 'Have Yourself A Merry Little Christmas' was Ralph Blane and the haunting music was composed by Hugh Martin. The song 'Have Yourself A Merry Little Christmas' was first published in 1943.
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Have Yourself A Merry Little Christmas – lyrics/letra


Have yourself a Merry little Christmas,
Let your heart be light
From now on,our troubles will be out of sight
Have yourself a merry little Christmas,
Make the Yule-tide gay,
From now on, our troubles will be miles away.
Here we are as in olden days,
Happy golden days of yore.
Faithful friends who are dear to us
Gather near to us once more.
Through the years We all will be together,
If the Fates allow
Hang a shining star upon the highest bough.
And have yourself A Merry little Christmas now.


Toninho Horta no Sabará Musical

domingo, 14 de dezembro de 2008

Toninho Horta no 'Música de Domingo'

Música de Domingo Especial apresenta Toninho Horta e Orquestra Fantasma

Publicado em 09/12/2008 16:50:32

Os fãs da música instrumental podem comemorar a edição especial do projeto Música de Domingo, realizado desde 1989, com o show do cantor, compositor e violonista Toninho Horta, acompanhado em grande estilo pela Orquestra Fantasma, formada por Lena Horta (flauta), Yuri Popoff (baixo), Neném (bateria) e Cláudio Faria (teclados). A apresentação acontece no próximo dia 14, às 11 horas, com entrada gratuita no Teatro Francisco Nunes e marca, ainda, o relançamento do CD “Terra dos Pássaros”, além dos 60 anos de Toninho Horta. Os ingressos serão distribuídos a partir das 10h, na bilheteria do Teatro.

O Música de Domingo, que já trouxe a BH nomes fundamentais da música instrumental mundial, é uma promoção da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura e do Francisco Nunes, e conta com a parceria da Escola de Música da UFMG. O patrocínio é da Gerdau Açominas, Via Lei Roaunet.

Terra dos Pássaros

Primeiro álbum solo de Toninho Horta, de 1980, “Terra dos Pássaros” representa o início de uma trajetória vitoriosa do músico que, com sua complexidade de conceitos e harmonias únicas, ganhou respeito e reconhecimento de grandes músicos brasileiros e estrangeiros.

O álbum traz, também, o surgimento da “Orquestra Fantasma”, que, para Toninho, equivale ao que a antológica banda “Som Imaginário” representa para a carreira de Milton Nascimento. Na Orquestra Fantasma, os sons dos violinos, cellos e trompas eram criados por Hugo Fattoruso e Toninho em seus mini-mugs, guitarras e pedais de volume.

No show do Chico Nunes, “Terra dos Pássaros” será vendido a 25 reais e autografado por Toninho.

Toninho Horta

Toninho Horta nasceu em berço musical, já que seu avô materno, João Horta, era maestro e deixou sua marca como compositor de música sacra e popular em algumas cidades mineiras. Além disso, Toninho teve em sua formação autodidata forte influência da mãe e de seu irmão mais velho, o baixista Paulo Horta. Este liderou, nos anos 50, o Jazz Fã Clube – grupo de seletos músicos mineiros que difundiam o melhor do jazz em Belo Horizonte.

Músico profissional já aos dezesseis, incentivado pelo irmão, Toninho começou a tocar na noite belo-horizontina. Nessa mesma época, conheceu Milton Nascimento, Beto Guedes e Lô Borges, que mais tarde iniciaram parcerias musicais, culminando no movimento que marcou a história da MPB nos anos 70 – o Clube da Esquina.

Após sua transferência para o Rio de Janeiro, no final dos anos 60, Toninho projetou-se para o mercado nacional. Nos anos seguintes, entre Minas Gerais e Rio, trabalhou em centenas de gravações, ao lado de muitos artistas consagrados. Entre tantos, Gal Costa, Nana Caymmi e Elis Regina.

Já nos anos 90, radicado em Nova Iorque, o músico consolidou sua arte no exterior. A partir daí, seguiu viajando ininterruptamente para o Japão, Coréia do Sul e vários países na Europa, onde tocou com grandes nomes internacionais. O virtuosismo de sua guitarra deu-lhe o prêmio de 5º melhor guitarrista do mundo pela revista londrina Melody Maker, em 1977, e o 7º melhor, em 1988, consagrando-o como um dos mais admirados músicos dos últimos tempos.

Além de reconhecimento pela crítica mundial e por músicos de toda a parte do planeta, Toninho leva na bagagem 23 CDs lançados de sua autoria. Paralelamente à sua carreira musical, Toninho empreendeu, em 2000, seu próprio selo – Minas Records. Neste, já figuram em catálogo seis de seus CDs, que só contavam, anteriormente, com lançamentos no exterior.

Um inusitado encontro com George Benson, em 2005, rendeu a Toninho Horta a direção musical de um cd com o instrumentista norte-americano, no Brasil. O músico mineiro, além da responsabilidade da direção, produção e arranjos musicais, também participa ao violão. Ainda em 2005, teve seu nome incluído numa compilação da Sony/BMG americana dos 74 guitarristas mais importantes dos últimos 100 anos do Blues ao Jazz no mundo.

Neste mesmo ano, Toninho Horta recebeu mais um reconhecimento em sua carreira, com a indicação à 6ª edição do prêmio Grammy Latino. Com o álbum Toninho Horta com o Pé no Forró, o músico mineiro concorreu na categoria melhor álbum de música popular brasileira ao lado de outros grandes artistas da nossa música.

Toninho prepara, também, o Livrão da Música Brasileira, que será um marco histórico para os apreciadores, pesquisadores e profissionais de música. Trata-se de uma compilação cronológica de 700 partituras, cifras, letras, além de informações sobre as principais composições que marcaram a história da música nacional nos últimos 100 anos.


Mais informações: (31) 3277-9778

sábado, 13 de dezembro de 2008

Toninho Horta & Arismar do Espirito Santo - CD 'Cape Horn'

Dia 12 de dezembro - sexta-feira, às 21
Lançamento do CD "Cape Horn"



Espetáculo de lançamento do CD Cape Horn, em que os músicos exploram nuances da música instrumental como em Beijo Partido e Um Sonhador, de Toninho Horta; Sonhando Acordado e Vestido Longo, de Arismar do Espírito Santo. Além de Toninho (violão e guitarra) e Arismar (violão de 7 cordas, guitarra e contrabaixo), o espetáculo conta com Vinícius Dorin (flauta, sax e piano) e Cléber Almeida (bateria e percussão).

SESC Vila Mariana - Teatro
Rua Pelotas, 141 Vila Mariana - São Paulo - SP

Ingressos: R$ 20,00 [inteira]; R$ 10,00 [usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino]; R$ 5,00 [trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes]
www.sescsp.org.br




CD Cape Horn
Toninho Horta - Arismar do Espírito Santo

Cape Horn representa para a navegação o mesmo que o Monte Everest significa para o alpinismo. Para um navegador, ultrapassar esse cabo, o ponto mais ao sul da Terra do Fogo, é uma conquista que o coloca entre os grandes, pois ali enfrenta os mares mais bravios, as ondas mais imprevisíveis. Marcando o encontro entre os maiores oceanos do planeta, o Atlântico e o Pacífico, é um lugar onde os ventos correm livres.

Nesta obra, a Diebold Procomp tem o prazer de proporcionar o "Cape Horn" da música popular brasileira, reunindo amigos novos e antigos em uma realização de peso. A coleção traz agora uma poderosa confluência de fontes inesgotáveis de talento. Toninho Horta e Arismar do Espírito Santo juntaram suas águas musicais às de João Donato, Robertinho Silva, Lena Horta e Ricardo Pontes para inundar de vez nossos ouvidos de alegria. Esperamos que vocês aproveitem bem esta viagem sonora pelo "Cape Horn".

"Parceiros de longa data, os músicos mostram o primeiro álbum feito em parceria".

"Cape Horn teve destaque merecido, entre os CDs de 2008, no Jornal “O Globo”. Toninho Horta, “referência para a guitarra no mundo”, Arismar do Espírito Santo, craque em vários instrumentos fizeram por merecer. Cape Horn é exemplo de como se misturam os vários ventos vindos da harmonia, da melodia e do ritmo".


"No show, serão apresentadas Beijo Partido e Um Sonhador, de Toninho, Sonhando Acordado e Vestido Longo, de Arismar e Cape Horn de ambos. Days of Wine and Roses de Henry Mancini e Johnny Mercer, Watch What Happens de Michel Legrand e Norman Ginbel, alèm de Amazonas de João Donato, terão seus lugares garantidos, entre outras". "O compositor, cantor e instrumentista mineiro Toninho Horta e o multi-instrumentista, arranjador e compositor paulista Arismar do Espírito Santo se reúnem no Teatro do SESC Vila Mariana para mostrar pela primeira vez o álbum independente Cape Horn, em apresentação que faz parte da série Lançamentos".





Toninho Horta and Tom Lellis: Brazilian Setting for Standards



Written by Bruce Gilman
Monday, 08 December 2008 07:09

Vocalist and composer/pianist Tom Lellis has the uncluttered musical thinking and timing of a jazz musician born and bred. His distinctive tone and style of delivery, marked by his idiosyncratic phrasing, holds genuine fascination for instrumentalists. An unusually resourceful and imaginative musician whose lyrical conception is more original than most, Lellis reveals an agility, accuracy, and knack for setting lyrics to jazz tunes and instrumental solos that is exquisite, reproducing the demanding twists of horn technique with surprising ease.

Beyond argument, Toninho Horta is Brazil's finest jazz guitarist. His tone, articulation, and turn of phrase are all instantly recognizable. There is a case for going further and calling him one of the finest guitarists in Brazilian Popular Music, as well as the first great Brazilian guitarist in American jazz. Much of the evidence required for putting forward this case - his masterly shaping of notes, his exemplary rhythm playing, and his immense chordal vocabulary and gift for fashioning intriguing harmonies - is exhibited on Tonight, the CD recorded with Tom Lellis.


The disc is a treasury of the most individual interpretations, rich in what can safely be called jazz standards, underpinned by Brazilian rhythms, unconventionally re-harmonized, yet arranged at the cutting edge of the modern mainstream. Medium-tempo swingers full of flair and unusual progressions lie in close proximity to moody angular slower pieces and popular American songs from film and Broadway. There is plenty here which points to the duo's commitment to experimentation and passionate expression, much that achieves and sustains a very high level of artistry, and so many deeply satisfying performances that it is difficult to alight on one for special praise.


Just a few bars of their exchanges on "Maybe September" show the duo's intuitive musical understanding. Singing in 1/2 time against its sizzling samba groove, Lellis shines throughout; what pleasure it is to hear a jazz vocalist who sings in tune, really swings, and story-tells the lyrics. The interplay between Lellis's supple voice and Horta's comping and soloing, coaxing an attractive range of surprising sounds and textures from this pleasant but familiar theme, is the epitome of integration.


Jobim's "Dindi," presenting Lellis's arrestingly cool timbre over Horta's warmly supportive accompaniment (and alternating vocals in Portuguese), is introduced by Lerner/Loewe's "I've Grown Accustomed to Your Face" and receives a sensuous reading. "An Infinite Love," a slow-burner written by the duo, emphasizes the first flush of true love. Horta's low-key virtuosity, giving the music its sentimental edge, is ably abetted by Lellis's lyrics and economical keyboard support, which draws from select washes of sampled orchestral strings.


That Lellis is adept at piano improvisation and comping, is evident on Rodgers and Hart's "My Romance." A cultured vocalist, he is equally able to cut through the surface of this song and deliver its essence without undue flash, his innate feeling for the lyrics allowing him to add variation to the song's original course. There is a relaxed kind of fun at work here, for nearly every line is couched as a disavowing statement. Horta's wordless vocal is a bonus, and the deftness with which the two weave and twine their lines makes a great song even better.


For Irving Berlin's "Lets Face the Music and Dance," Lellis uses a re-harmonization he wrote for the standard, "Without a Song," and in the scat (vocal improvisation without words), where he and Horta use their voices in imitation of solo instruments, Lellis quotes the Jerome Kern/Oscar Hammerstein tune "The Song is You." Playing with élan and abandon, Horta is in burning form on Cole Porter's "In The Still of the Night." The lyrics, set as a 1/2 time ballad against a full time samba, are masterfully supported in mood and tempo by Horta, he and Lellis being consummate foils for each other.


"Fly Me to the Moon" features Horta's scatting, his re-harmonized arrangement, and his finger-breakingly pianistic chord voicing. He is uniformly cogent and controlled, producing an entirely personal, instantly identifiable sound. The title track, Bernstein and Sondheim's classic "Tonight," confirms Lellis can realign well-known melodies in elegant and exciting ways. He is one of the few singers to have realized the harmonic potential of Bernstein's music, his sensitivity to the composer's music leaving no doubt that he is a creatively uncompromising jazz singer of the highest order.


"Dreamwalking" (Nos Tempos de Paulinho), Horta's tribute to his brother, parades lyrics by Lellis whose thematic references employ musical allusions to the girl watching fantasy in "The Girl from Ipanema." Horta sets the tone with guitar and voice, and when Lellis enters, he matches with complementary phrasing and accentuation, dovetailing with invention the ongoing thematic line and bringing the tune a gently swinging grace.


The heart-stopper is "Three for Marie" (3/4 Marie), a breathlessly tender piece dedicated to Lellis's wife - they have three kids - and a thorough showcase for his many talents: his range of tone color and sensitivity to line, his unfettered expressiveness, his flexible timing and evident rapport with Horta. Seeming to start from nowhere and disappear into the same nowhere, sounds appear and fade like headlights on the horizon. Lellis, full of tenderness, sentiment, and sighs, balances clarity with the music's purely coloristic qualities; Horta's guitar, following a thematic muse, intensifies the feeling.


Lellis's acute sense of pitch and soft-grained tenor voice are ripe for essaying "The Nearness of You." Horta, digging into the energetic forward-reaching mood, sustains its vigorous tempo without sacrificing either fluency or lyricism. An apparently unquenchable flow of ideas imbues all his music with a discreetly propulsive power permitting him to play in the most relaxed, soulful manner, completely free from artifice or grandstanding. The overall effect is of the two communing with each other and conveying the tune's essence in terms of a personal message to the listener.


"Summertime," a DuBose Heyward poem set to music by George Gershwin, was performed as a lullaby in Porgy and Bess and became the best-known piece from the opera. Reinforced by a blues-based line and a slow-moving harmonic progression, the tune imparts a folksy informality. As this track shows, Horta communicates a great deal of warmth, his very obvious love for the song helped by Lellis's expert accompaniment. While "Summertime," illustrates the strength of Horta's singing, his jazz-shaped vocal phraseology is more evident on Cole Porter's "I Love You."
Opening with an interval of a downward major 7th, followed by an ascending major sixth, and covering the range of a tenth, "I Love You" presents the vocalist with a real challenge. For the same reason, instrumentalists find in this tune an opportunity to display range and virtuosity, especially with its surprising harmonic sequences. Here Horta delivers the emotional core of the lyrics, projecting lyric nuance over jazz-vocal virtuosity. Lellis's piano solo, using rhythmic displacement to generate interest, is firm and precise.


"Over the Rainbow," a tune MGM executives cut from The Wizard of Oz three times, won the Academy Award in the Best Song category and, some 60 years later, was recognized as the best song of the twentieth century and the top movie song of all time. Technically demanding, it begins each A section with an octave leap on the word Somewhere and requires a vocalist with just the right touch of vulnerability and the facility to sing a long-breathed phrase with perfect control. Lellis has all of that plus a miraculous ear and the vocal equipment to follow wherever it leads.


With his velvety timbre and searching response to the fluctuating shades of the bittersweet verses, Lellis gives "Over the Rainbow" what might be its definitive reading. Interpreting through the mind of someone who will wake up freed from past troubles, Lellis makes you think anew about one of the most beautiful ballads penned during the Golden Age of American Song. Quite apart from his obvious gifts as a singer and musician, that's what elevates Lellis above most of his contemporaries who so often fail to live the words they're singing.


Lellis's instinctive rightness of phrasing and the sense of worldly experience with which he delivers his lyrics echoes of Sinatra's style. Few singers have ever sounded so comfortable on this material. And Horta, one of the world's transcendent guitarists, is the ideal partner, his fabled technique enabling him to articulate every idea which comes his way. His confident fluency and infectious exuberance both as soloist and accompanist is stunning. His affinity with Lellis is a model of how to accompany a singer without stealing the limelight, yet to play so ravishingly as to command attention.


This is no mere vocalist-plus-accompaniment release. It stands above others as a testament to the duo's musical stature and to a fruitful collaboration, emphasizing the rare empathy that exists between two creative spirits whose virtuosity successfully bears out both men's position in the very front rank of jazz musicians. Their imaginative arrangements, spirited improvising, and artistry raise Tonight head and shoulders above the mass of other standards-oriented ventures, encapsulating as it does all the duo's strengths: sensitivity, keen musical intelligence, and above all a willingness to express a refreshingly pan-American sensibility.


Journalist, musician, and educator Bruce Gilman has served as music editor of Brazzil magazine, an online international publication based in Los Angeles, for more than a decade. During that time he has written scores of articles on the most influential Brazilian artists and genres, program notes for festivals in the United States and abroad, numerous CD liner notes, and an essay, "The Politics of Samba," that appeared in the Georgetown Journal.


He is the recipient of three government grants that allowed him to research traditional music in China, India, and Brazil. His articles on Brazilian music have been translated and published in Dutch, German, Portuguese, Serbian, and Spanish. You can reach him through his e-mail: cuica@interworld.net



sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Toninho Horta, o cientista dos acordes

Seção: Música - 10/12/2008 10:29

Toninho Horta, o cientista dos acordes

Kiko Ferreira - EM Cultura

No seu Dicionário musical brasileiro, Mário de Andrade define: “Harmonia (s.f.): Estudo de combinação de notas soando simultaneamente (acorde) e de seu encadeamento. É a ciência do acorde...”. O escritor e pesquisador morreu em 1945, três anos antes de nascer, em Belo Horizonte, aquele que é considerado, principalmente pelos músicos, o rei da ciência do acorde: Toninho Horta.

Pena que Mário de Andrade não tenha vivido na época do guitarrista, que está comemorando seus 60 anos, para conhecer suas harmonias inventivas. Capazes de provocar no autor do blog Pensador selvagem o texto “Uma imagem de delicidade”, uma tentativa livre de traduzir o prazer de ouvir uma harmonia construída por Toninho, comparado por ele a um livro de Proust e a um quadro de Van Gogh:
“Um acorde de Toninho Horta = todas as palavras da Bíblia. Dois acordes de Toninho Horta = Bíblia Alcorão”.



Foto by Jackson Romanelli


UM CLÁSSICO

Exageros apaixonados à parte, o músico merece as loas, pela absoluta originalidade de seu trabalho. E por chegar às seis décadas de vida chamando ao palco de seu show o rapper Renegado, preparando um disco em homenagem ao americano Wes Montgomery, ao lado de jazzistas americanos, e uma turnê pelo Brasil com numa orquestra sinfônica.

Pena que o show planejado para 29 de novembro, no Palácio das Artes, com Pat Metheny, Airto Moreira, Flora Purim, George Benson, Milton e um bando de convidados não tenha sido viabilizado financeiramente. Mas ele chega ao fim do ano realizando um sonho: a reedição de seu álbum de estréia, Terra dos Pássaros, uma obra-prima da música brasileira, lançado originalmente, em LP, em março de 1980.

Gravado durante três anos e meio, em estúdios americanos e brasileiros, envolvendo duas orquestras e um elenco sensacional de estrelas nacionais e internacionais, o disco soa novo e surpreendente, quase 30 anos depois. Com o guitarrista duelando, na procura de timbres, com seus pedais e os teclados do uruguaio Hugo Fattoruso, Terra dos Pássaros lança as bases de uma carreira consagrada. Aqui estão o humor de Falso Inglês, o lirismo de Beijo Partido, o espírito de baile de Serenade, o clima tradutor de noite de Céu de Brasília, o preciso retrato de Ouro Preto de Dona Olímpia. E aquela que talvez seja a melhor homenagem a um animal da MPB, Diana, feita para a cadela do artista, que havia morrido recentemente.

Aulas de solos, acompanhamento e... harmonia. E temas de referência para a escola mineira de guitarra: Viver de Amor, Aquelas Coisas Todas, Terra dos Pássaros. De quebra, o Caetano Veloso pouco lembrado da intimista No Carnaval, parceria com Jota que encerra o disco com Toninho, de voz e guitarra, nu com a sua música.
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Lançamento 2012 > CD 'Minas-Tokyo'

Lançamento 2010 > CD 'Harmonia & Vozes'

Lançamento 2010 > CD 'Harmonia & Vozes'
Toninho Horta e convidados

Lançamento 2008 > CD 'To Jobim With Love'

Lançamento 2008 > CD 'To Jobim With Love'
Toninho Horta (CD 'Ton pra Tom')

Lançamento 2008 > CD 'TONIGHT'

Lançamento 2008 > CD 'TONIGHT'
Tom Lellis & Toninho Horta

Re-Lançamento 2008 > 'Terra dos Pássaros'

Re-Lançamento 2008 > 'Terra dos Pássaros'
Toninho Horta & Orquestra Fantasma

Lançamento 2008 > CD 'CAPE HORN'

Lançamento 2008 > CD 'CAPE HORN'
Toninho Horta & Arismar do Espírito Santo

Lançamento 2007 > CD 'Toninho Horta in Vienna'

Lançamento 2007 > CD 'Toninho Horta in Vienna'
Toninho Horta

Lançamento 2007 > CD 'SOLO - AO VIVO'

Lançamento 2007 > CD 'SOLO - AO VIVO'
Toninho Horta

TONINHO HORTA & Orquestra Fantasma

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